ESFORÇO ESTADUAL
Começou nesta segunda-feira a campanha antidengue em SP
Combate ao mosquito Aedes aegypti envolverá agentes comunitários de saúde, de controle de endemias e, principalmente, a população
Começou nesta segunda-feira (11) e vai até o próximo sábado (16), a força tarefa do governo do Estado de São Paulo na semana de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Esta iniciativa também conta com a participação da Secretaria de Saúde, por meio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).
Os alvos principais dos agentes de saúde e de combate a endemias serão os quintais das casas, terrenos baldios, fábricas, imóveis abandonados, enfim, bairros inteiros. Mogi Mirim, com 5.167 casos, quer reverter esse quadro para o próximo ano e, para isso, precisa do engajamento da população.
Além disso, o CCZ faz um apelo à sociedade como um todo para a colaboração nessa luta, inclusive de organizações públicas e privadas para uma ação simultânea.
Já o secretário estadual da Saúde, Eleuses Vieira de Paiva, tem reforçado que o enfrentamento do Aedes aegypti é uma tarefa contínua e coletiva.
Ele enfatiza que a meta principal é prevenir doenças que podem aumentar no verão, principalmente quando as condições climáticas são favoráveis ao aumento dos mosquitos, como chuvas e altas temperaturas. Em Mogi Mirim, o médico veterinário Rogério Marcos Garros, coordenador de Vigilância Ambiental e Zoonoses do CCZ, concorda que, sem a participação efetiva da população, a luta contra a dengue estará praticamente perdida.
Rogério lembra que mais de 80% dos mosquitos se proliferam nos quintais das casas. O CCZ, ainda segundo o veterinário, já vinha adotando uma postura pró-ativa, no sentido de eliminar os criadouros do Aedes Aegypti na cidade, inclusive com nebulização em bairros onde houve registro de casos.
As autoridades de Saúde também pedem à população mogimiriana que elimine os pratos dos vasos de planta, assim como mantenham a caixa d’água bem fechada e limpa. Outras são o descarte de pneus velhos assim como a retirada dos quintais de objetos que acumulam água, como potes e garrafas. Já os materiais recicláveis devem ser mantidos fechados com sacos plásticos.
Além dos 5,1 mil casos positivos, nos últimos meses, houve mais de 11 mil notificações da doença no Município, sendo a maioria na zona urbana. De janeiro até agora, houve quatro óbitos e um quinto está em investigação. Além de Mogi Mirim, outras cidades da Baixa Mogiana também farão parte dessa força-tarefa, como Itapira, onde a dengue já infectou mais de 10 mil pessoas.